I AM THE DOGS
Sentado na sala de casa, ele costura um cachecol muito comprido. Um cachecol ou uma corda, coisa que o tire daqui. Pelo rádio, ele ouve as notícias, todas as manhãs, as notícias.
O RÁDIO: O último boletim astronômico não indica expansão da mancha que habita o centro da galáxia. O monitoramento revela que o fenômeno, visto a olho nu em todos os continentes, segue com massa estável. A composição ainda é a de milhões de estrelas que colapsaram em torno da própria gravidade.
Na mesma sala, ela chega do passeio. Todas as manhãs comigo, a volta na quadra, coisa que a tire daqui. Ele desliga o rádio, o mundo de fora. O de dentro, ainda não. Mas daqui debaixo, de onde eu o vejo, todos os dias o universo acaba de dentro pra fora: primeiro eles, depois o chão, depois o céu. A perspectiva de um cão é sempre a da base.
ELA: É o fim. Escuta, que calor. Eu fui levar o Ozzy pra passear agora e eu não sei, eu simplesmente não sei, como podem. Todos os cachorros da rua, todos, todos envenenados. Eu quero dizer, foram dormir ontem e hoje, mortos. Eu digo, todos. Eu me pergunto como alguém é capaz, entende? A cachorra aqui da frente morreu agora mesmo no portão, os olhos cheios de fundo, coitadinha. Tão fundos, quanto fundo tinha. No pulmão, o arzinho. Eu fico, quero dizer… esses animaizinhos, eles são só amor, entende? São só amor. Hein, Ozzy cachorrinho? Você não acha, bebezinho? Você acha sim, eu sei que acha, meu amor, acha sim. Mas, bem, era pra ser só um passeio e agora isso, o absurdo. Como alguém pode… e ninguém viu, entende? Um homem ou uma mulher ou sei lá, vários. Os caras vieram à noite e todos mortos. Quero dizer, meu deus, que calor. O que você está fazendo? Um cachecol? É um cachecol, isso? Mas está quente, ouf. Que horas são?
ELE: Dizem que não se mexe, mas não é possível que tudo que possamos fazer é observar, é? Ouvi no rádio, os caras criaram isso agora: uma enzima que decompõe o plástico em dias. Quatrocentos anos em dias. É incrível, mas e daí? Sobre essa mancha preta no céu, nada. Eu não entendo por que ninguém faz nada, eu não entendo por que não falam só disso se é só isso o que realmente importa. É uma desgraça
— Desgraça é que os caras matem o que é só amor, isso é uma desgraça. Mas o que eu ia dizendo? Ah sim, depois eu peguei o Ozzy e corri, corri pra casa. Não dá pra saber se alguém, não sei, se deixaram mais veneno por aí e se ele pega, engole… cada dia uma coisa, é cada dia uma coisa. Esses caras são… e o mundo aí fora é, quero dizer, é impossível. Mas as notícias, não, eu já disse: é melhor não ver. Eu, nós… nós combinamos. O mundo aí fora é… você sabe…
— Combinamos, mas falta um pedaço do céu, percebe? Todos os dias falta um pedaço do céu. E daqui parece que fica ainda mais fundo, mais vazio pra cima, você vê? Quanto dentro tem dentro. Mas talvez não cresça a olho nu. Os caras dizem que não cresce, mas talvez cresça e a gente não note
“Os caras”: quaisquer pessoas, menos eles. Alguém a quem possam transferir a falta de potência ou protagonismo. Ele e ela, os reféns voluntários de figuras abstratas, sem nome, sem rosto, homens, mulheres, entidades. “Os caras” são uma memória que age. Qualquer um, distante o suficiente, a quem possam culpar. Qualquer um, menos eles dois, não, nunca eles dois.
— Mas já repassamos isso um milhão de vezes. Não é preocupante, lembra? O frio, o escuro e o tempo. Se essa mancha no céu crescer, vai fazer frio e o dia vai escurecer. Vê lá fora: quente e claro, está muito quente e muito claro. E por último, o tempo. Quanto mais perto estivermos da mancha, mais devagar o tempo vai passar. Será como se estivéssemos, não sei… congelados, isso! Congelados no tempo. Eu já falei mais de um milhão de vezes. Os caras dizem: é inofensivo, não engoliu o Sol ou a Lua e está, quero dizer, inativo, como um vulcão. Além do mais, milhões de anos é o que leva pra algo, algo que realmente importe acontecer, e quando acontecer não estaremos mais aqui, isso é o que eu sei. Problema mesmo são eles, os caras, os vizinhos, eles, sim, deve ter sido, digo, um deles, não? É por isso que eu falo, escute, uma mancha é nada, nada perto deles, delas, as pessoas, os maus vizinhos que matam cães. E sobre o céu, não há razão, entende?
— Eu não sei, mas… talvez hoje você esteja certa porque está realmente sol e muito quente. Ouf, trinta e cinco graus em março é até bem normal, você tem razão. O tempo também está passando normalmente, não é? Isso é… é outra coisa. Que horas são?
— Sete e
— Vou passar um café
Ele se levanta, vai até a cozinha, enche a chaleira de água, coloca sobre o fogão, mas neste vazio o ponto de fervura aumenta um grau por minuto. Ele volta à sala, e depois à cozinha, e depois à sala, e depois à cozinha até o fim, amarrado por um elástico a uma ação que jamais o levará a lugar algum. A água jamais ferverá.
ELA: Isso, um café. Um café e paramos de pensar. Não se agite, ferva a água, eu vou buscar um remédio, um calmante, algo que que possa… mas… o que é isso?
ELE: Isso o quê?
— Isso aqui. Já estava aqui, isso?
— Está mais escuro aí, eu não vejo, o que é?
— Uma mancha, digo, no chão da sala, grande assim. Eu teria visto. Já estava aqui?
Entre o tapete e o aparador, o sofá e o rodapé, nas paredes, no chão, neles dois, a mancha sempre esteve, sempre estará. Eles nunca a terão visto ou sempre a terão visto sem jamais terem-na visto, assim como deixaram de se notar e, depois, a todo o resto, menos a mim, “amorzinho, meu amor, bebezinho”; assim como deixaram de ver o custo do tempo e do espaço na velocidade das coisas, na distração sobre o mínimo: lá fora, aqui dentro, o café, a ladainha, o rádio, o passeio da manhã, o dia perdido; assim como se asseguram de escapar um do outro por qualquer razão diferente deles, uma mancha sob seus pés ou sobre suas cabeças, o infinito confinado entre sob e sobre, a menor distância entre dois pontos que não se enxergam.
ELA: Ozzy! Cachorrinho, não se aproxime dessa mancha, bebê, não se aproxime, aiaiai não não não, amorzinho, ouviu bem, não chegue perto, bebezinho, eu não sei o que é, melhor não. Que horas são? Mas que droga, precisamos resolver isso, quero dizer, limpar… eu… bem, eu já volto, vou buscar um pano e…
— Não, não, de novo não, não precisa. É a terceira vez que limpamos a casa esta semana, deixe essa mancha aí. Quando não é o jardim, é a louça; se não a louça, o pó; se não o pó, o cachorro; se não o cachorro, a mancha... está tudo bem, não é como se precisássemos estar com tudo em perfeito estado o tempo todo — estamos só nós aqui e eu não me importo se o chão não está impecável, acho que posso viver com um chão que não está absolutamente impecável, posso morrer com um chão que não está impecável. O sol está baixando, em breve não a veremos mais, e é só uma mancha, por favor, deixe como está, por favor
Mas não. Ela busca. Um pano, balde, um produto de limpeza. Depois, aguarrás, um raspador, uma lixadeira, coisa que a distraia do que importa, embora ninguém faça ideia do que importa. Irá raspar até ficar pior do que está, repetirá até a mancha crescer e engolir ambos de dentro pra fora, até substituírem uma mancha por outra. A vida resumida em ciclos: seis por meia dúzia. Ela amarrada por um elástico a uma ação que jamais a levará a lugar algum.
ELA: Sim, eu sei, mas é que esfregando assim vai ser rápido, olha. Dois minutos e, quero dizer, pra limpar. Não estava aqui ontem. Dois minutos é o que basta, é só que é bom que tudo esteja, quero dizer, em ordem, eu me sinto melhor, é o mínimo, você sabe. Ao menos isso. Vai ser rápido. O café, a água
ELE: No fogo
— Claro. No fogo
— Pensei que talvez mais tarde a gente possa sair um pouco. Há semanas não saímos, mas talvez devêssemos, pudéssemos, se quiséssemos, mais tarde, sair um pouco, não sei
— Sim, claro, precisamos só resolver isso porque, bem, sinto muito, mas é sempre, sempre tanta coisa, digo, mesmo este espaço, esta casa… parece sempre um universo, um minúsculo universo além de nós, digo, tudo tão além de nós, tanto pra fazer. As cortinas, os rodapés, os quadros, eu emoldurei, ainda estão aqui, é preciso, sei lá. E o ar-condicionado, a porta do banheiro, os ratos, há ratos aqui, o cheiro deles, você sente?
— Sim, coloquei veneno, não quero eles aqui, não quero. Desde ontem coloco veneno
— Mas ontem… os caras. Quero dizer, os caras, o veneno, os cães da rua… Você é… meu deus, o veneno, será?
— Não, pare, claro que não, mas que ideia! Que hora são?
— Não, realmente, que ideia. Nas outras casas… seria impossível. Certo?
— Certo
— Certo. Não temos culpa
— Não, claro que não
Mas têm. Um segundo de silêncio e, sim, são deles essa e outras culpas. Por isso falam sem parar, ela mal respira, ele mal sorri; por isso eu aqui e os cães depois de mim, depositários de uma vozinha pueril que disfarça o filho que não veio, a viagem não feita, uma dívida, um amante, uma festa com consequências. Tudo que se esconde, o que já morreu, o que mataram. Há culpa nas gavetas, no forno, no freezer, na cama, a louça quebrada tem culpa: um calo sólido de Super Bonder, frio, eterno, transparente vazando em tatibitate.
ELA: Bebezinho, não foi culpa nossa, ouviu? Hein? Você ouviu bem? Ozzy pobrezinho. Eu vou buscar uma blusa, está frio agora, uma manhã fria, você sente? Acenda a luz, está tão escuro… não, não acho que, pensando bem, quero dizer, talvez não seja a melhor ideia, digo, sairmos. Estamos, não sei. É perigoso, os caras, essa história… não me sinto segura. E há tanto o que fazer, você sabe, aqui. Não devemos, não podemos, não vamos, por favor, é melhor ficarmos. O café, a água
ELE: Não ainda
— Não, claro que não, não ainda, como poderia, digo, a água ferver. Um minuto dura, parece que dura… estamos aqui há tanto tempo… me ajude com essa mancha, por favor. Que horas são?
— Onze e uma eternidade. É o que leva pra essa mancha no céu se mexer, você sabe. Os caras dizem, uma eternidade. Talvez a gente nem esteja vivo quando se mexer. O barulho de quando apareceu, você lembra? O ganido de um cão, comprido, metálico. Mas talvez continue afundando um pouco por vez e a gente não note. Talvez em alguns anos, meses, dias, em algumas horas... jamais aquele som de novo, não, de novo não. Os caras não dizem nada hoje, os cães não dizem nada hoje, mas talvez nós, em minutos…
Ela ainda debruçada sobre a mancha, gasta o chão com afinco. Ele sobre o céu enquanto costura seu cachecol, que pode ser uma corda, uma arma contra eles mesmos a qualquer momento porque podem desejar morrer. A qualquer momento. “Há uma viga no teto”, ele calcula. O veneno, a falta espalhada por uma quadra, uma vida inteira para acabar com tudo.
ELA: Como cresce, como cresce, droga de mancha. Olha! Quanto mais eu esfrego, quero dizer… você vê? Há anos eu esfrego e essa droga só cresce e afunda, maldita, há anos! Está mais funda agora… Ozzy! Não se aproxime. Onde ele está, você o viu? Ozzy!? Faz tempo, faz tanto tempo que não o vemos. Minutos, horas, dias, um ano e meio que não o vemos. Que horas são? Você o viu? A água, o café, Ozzy! Estou com medo, de repente
ELE: Anos, é verdade, mas não é preocupante, eu já disse, você já disse, não é nada tão preocupante. Procure debaixo dos móveis, no quintal ou no portão. Eu vi ele agora mesmo, embora… quanto tempo faz desde “agora mesmo”?
— Espera, não, eu não me sinto… acho que não me sinto muito bem. Abra a janela, eu preciso de…
— Espere, é perigoso agora. O céu, a mancha cresceu tanto, está quase aqui na janela, vê? Eu disse que crescia. Ninguém mais vê? Será que cresce e ninguém mais vê? Se eu abrisse a janela eu poderia tocar, se eu esticasse os braços
— Não sai, a mancha, não sai, olha o que eu fiz, mas que droga. Falta um pedaço agora, do chão, do céu, falta
— Falta, mas não importa. Não é como se olhássemos o chão o tempo todo, não é como se olhássemos o céu o tempo todo…
— Você tem razão, mas… e se fizéssemos o chão todo…? Vamos lixar o chão todo, é isso! Quero dizer, vai parecer melhor, claro, deixar uniforme, eu preciso de ajuda, pare de olhar pra fora, pare de costurar esse cachecol, é inútil, me ajude… Ozzy! Preciso ir ver. Onde ele está? É tanta coisa, é só uma casa, mas, digo, é tanta coisa…
— Isso, vá ver. Eu fico aqui, vou abrir a janela agora, vai ser melhor. Se eu estender a mão pra fora eu alcanço a mancha, veja, tão fria, sem fim, familiar, como é familiar. Vá ver, procure na cozinha, Ozzy deve estar... tudo está em ordem, fizemos o que podíamos. Mas, sim, veja, vá ver. Veja se ainda há luz, se está quente. Que horas são? Veja se há casa, vizinhos, os caras, se há amor ou se ele morreu com os ratos, os cães, sempre os animais. Se já podemos morrer também e se morrendo estaremos, enfim, mortos. Procure por Ozzy, sim, os olhos do Ozzy, se neles há dentro, se há fundo nessa mancha do chão. Aqui, neste espaço que falta do céu, há fundo, eu sinto... quanto tempo falta?
— Falta o tempo de ferver a água, talvez ainda ferva. O tempo desta mancha sair, talvez um dia saia. Há pouca luz agora, mas, sim, existe casa, vizinhos, os caras. Não existe amor. O amor morreu com os bichos. Estamos sós. Não podemos morrer. Se morrermos, não estaremos mortos. Está frio, estamos finalmente congelados. Ozzy morreu de veneno, pobre Ozzy, pobre cachorrinho, o corpinho, como os cães da rua. Você… foi você… nós… temos culp... Precisamos de outro! Um novo cão, uma cachorra. Lucy, talvez, com novos olhos, mais fundos. Lucy, como na música, in the sky with. E nessa mancha, não, não há fundo. Não há fundo em mim ou em você ou sob este teto. Em toda a casa, todo o lugar… quanto dentro tem dentro de todo lugar e ainda assim, não basta. Nada basta
— Está enorme agora. O frio, o escuro, o tempo, a mancha, eu, você, é agora, vamos morrer de nós. Os caras disseram: tudo vai acabar antes de nós. O café, meu deus, a água, a chaleira, o apito… escute! Não tenho certeza, preste atenção, ao longe, você ouve? Se eu fechar os olhos posso ouvir… phiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
É preciso um som assim, mecânico, que lhes diga se vivos ou mortos, acordados ou dormindo, o início ou o fim. Algo que lhes diga se é manhã, tarde, noite, se hoje acabou ou se é a continuação do mesmo dia, sempre o mesmo dia. Um despertador que lhes avise tudo que não ouvem mais sozinhos, que lhes lembre da necessidade ou da vontade, ou de fingir a necessidade ou a vontade até que, um dia, de tanto fingir, finalmente sintam algo e então repitam repitam repitam, porque é bom sentir qualquer coisa, mesmo que de segunda mão. E que, enfim, a partir desse ponto de acerto, nada mais se faça por instinto. Que não transem, não saiam, não briguem, que tudo esteja velado em diálogos feito monólogos, que discordem sempre concordando e que não se arrisquem. “No rasinho, não saia do rasinho, Ozzy, não vá no fundo, Ozzy, fique no rasinho!”, quando fomos à praia, na única vez que fomos à praia. Toda mancha cresce na dança das falsas gentilezas, dois pra lá e dois pra cá, dois pra lá e dois pra cá. É assim que o chão e o céu se desgastam, o desejo morto domesticado como um pet. Senta, fica, rola, deita, selvagem até a página dois, dois pra lá, dois pra cá. Dois dançarinos marolentos entre quatro paredes, eclipsados entre a fadiga da casa e o medo do mundo, colapsados em torno da própria gravidade. Os homens não merecem os cães.
ELE: Veja agora. Tudo acabou, você sente? Vou fechar a janela, está mais distante agora, não nos levou afinal, fomos abandonados, de novo abandonados. Preciso me deitar, eu… não me sinto bem
ELA: Só mais um minuto, ainda não. Me ajude com isso antes que… esfregue comigo, por favor, porque… veja… não tem fim. Eu não consigo sozinha, o chão vai ceder a qualquer instante, eu já não posso mais. Eu, nós… Ozzy. Adeus, Ozzy. Esses animaizinhos eles… são.só.amor. Eu sinto muito, bebezinho, eu sinto. Que horas são?
— Nove e chega, por favor. Estamos cansados. Deixe essa mancha, amanhã terminamos, repetiremos tudo, compraremos um tapete, isso, um tapete por cima, é uma boa ideia. Agora não há mais o que fazer. Tome aqui, o calmante, o remédio, aqui. Precisamos dormir, tome. Fizemos o que podíamos. Por hoje, fizemos o que podíamos
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Todos os dias, sentado na sala de casa, ele costura um cachecol muito comprido. Pelo rádio, as notícias. É manhã.
O RÁDIO: O último boletim astronômico não indica expansão da mancha que habita o centro da galáxia. Sua massa segue estável, composta de milhões de estrelas que colapsaram em torno da própria gravidade.
Na mesma sala, ela chega comigo do passeio. Todas as manhãs, a volta na quadra.
ELA: É o fim. Escuta, eu fui levar a Lucy pra passear agora e
Nasceu em em Chapecó (SC, Brasil) e reside em São Paulo (SP, Brasil). Escritora, autora dos romances Terra dentro (Ed. Reformatório/2020) e Água fria e Areia (Lamparina Luminosa/2018), da peça teatral A maior distância entre dois pontos (Sesi-sp Editora/2019) e do infantojuvenil A Árvore e a Nãna (finalista do Prêmio Barco A Vapor/2018). Teve contos publicados nas revistas Vício Velho e Philos.
Muito bom! A escrita da Vanessa é de uma doçura de laço que aperta até esganar nossa cômoda razão. Lindo... sou fã do seu trabalho ❤